A Bela da Tarde
(ou como estou perdendo a paciência com as pessoas)
Dormi cedo na sexta para me preparar para o sábado, o grande sábado que viria. Chovia, tempo escuro, lindo, lindo. Não posso dizer que fazia frio, mas a simples ausência de calor no Rio já basta para a felicidade. Andar e não suar, eis o sentido da existência.
Dormi cedo na sexta, acordei cedo no sábado. Inteiro, sem ressaca, bem dormido. Tomei a café e parti para o que seria o sábado perfeito, uma celebração ao MWA.
A jornada começou com um clássico, Leopardo, do Visconti. 3 horas de filme, mas bem assim assim. Um 2, sou mais o livro. Mesmo assim um bom começo. Após um lauto almoço, parti para o que seria o grande momento do dia - Livraria da Travessa + Estação Ipanema. Na primeira iria gastar todo o dinheiro que ganhei de aniversário de vovó, o que não era pouco, e no segundo iria na pré-estréia de A Queda, filme sobre como o Hitler fugiu para a América do Sul depois da guerra...ops, dos últimos dias do Hitler no bunker em Berlim.
Após horas de procura, fuçassão (sic) e afins finalmente comprei meus 6 livros e fui para o café, onde poderia desfrutar de ótimos momentos lendo uma das aquisições enquanto apreciava um cappucino.
Ledo engano! Oh criança de peito, oh menino ingênuo, como já se dizia no subsolo!
Após me sentar no balcão e iniciar a leitura, meus ouvidos começaram a ser impregandos pelo papo do casal a minha esquerda e de uma galera à direita, um papo ridículo, patético, imbecil. O cara da esquerda, visivelmente tentando (e conseguindo!) impressionar a mulher que o acompanhava, contava sobre suas visitas aos locais descritos no livrinho do Dan Brown, falava de futebol e de como ele era bom mas não quis seguir carreira, e por aí vai. À minha esquerda, dois homens e uma mulher comentavam pormenores das novelas da globo, de como elas eram melhores antigamente, falavam de um novo jogo de cricket no computador, e um dos caras comentava tudo com aquele jeeeeeiitoooo assiiiiiiimmmm de falar, todo afetado.
Consegui ler umas 15 páginas. E pior que eu tava lendo Como me Tornei um Estúpido. Ali, não demoraria muito pra me tornar um.
Já que ia ao Estação Ipanema mesmo resolvi fugir pra lá, e foi onde encontrei a paz no mais absoluto silêncio. Pude ler tranquilamente por uns 80 minutos.
Depois, o filme. Estava lotado, e fui logo pra fila, que se formou cedo, sentei na escada e fiquei lendo, o que me fez desejar que o Festival chegasse logo (procurei o barbudinho por uns instantes mas não o achei).
Com a paz reestabelecida, entrei pro filme. Pessoas chatas isoladas na Travessa, pensei. Aqui não tem disso.
Mais uma vez, ledo engano! Oh criança de peito, oh menino ingênuo!
2 mulheres atrá de mim riram o filme inteiro, como se os fosse um filmaço de comédia (momento TRI total). Por perto, um velho fazia questão de mostrar o tempo inteiro que sabia de tudo apontando todos que apareciam no vídeo "esse é o keitel, esse o Bormann, esse não sei quem...". Diabos, eu querendo ver o filme em paz mas tinha que ouvir risos e comentários o tempo inteiro.
Ambos os eventos não chegaram a estragar o maravilhoso sábado - o filme foi ótimoma, o livro é interessante - mas mostrou que tenho cada vez menos paciência para as pessoas. E que a grande vencedora do dia, apelidada de Bela da Tarde, foi a paz, o silêncio.
Dormi cedo na sexta para me preparar para o sábado, o grande sábado que viria. Chovia, tempo escuro, lindo, lindo. Não posso dizer que fazia frio, mas a simples ausência de calor no Rio já basta para a felicidade. Andar e não suar, eis o sentido da existência.
Dormi cedo na sexta, acordei cedo no sábado. Inteiro, sem ressaca, bem dormido. Tomei a café e parti para o que seria o sábado perfeito, uma celebração ao MWA.
A jornada começou com um clássico, Leopardo, do Visconti. 3 horas de filme, mas bem assim assim. Um 2, sou mais o livro. Mesmo assim um bom começo. Após um lauto almoço, parti para o que seria o grande momento do dia - Livraria da Travessa + Estação Ipanema. Na primeira iria gastar todo o dinheiro que ganhei de aniversário de vovó, o que não era pouco, e no segundo iria na pré-estréia de A Queda, filme sobre como o Hitler fugiu para a América do Sul depois da guerra...ops, dos últimos dias do Hitler no bunker em Berlim.
Após horas de procura, fuçassão (sic) e afins finalmente comprei meus 6 livros e fui para o café, onde poderia desfrutar de ótimos momentos lendo uma das aquisições enquanto apreciava um cappucino.
Ledo engano! Oh criança de peito, oh menino ingênuo, como já se dizia no subsolo!
Após me sentar no balcão e iniciar a leitura, meus ouvidos começaram a ser impregandos pelo papo do casal a minha esquerda e de uma galera à direita, um papo ridículo, patético, imbecil. O cara da esquerda, visivelmente tentando (e conseguindo!) impressionar a mulher que o acompanhava, contava sobre suas visitas aos locais descritos no livrinho do Dan Brown, falava de futebol e de como ele era bom mas não quis seguir carreira, e por aí vai. À minha esquerda, dois homens e uma mulher comentavam pormenores das novelas da globo, de como elas eram melhores antigamente, falavam de um novo jogo de cricket no computador, e um dos caras comentava tudo com aquele jeeeeeiitoooo assiiiiiiimmmm de falar, todo afetado.
Consegui ler umas 15 páginas. E pior que eu tava lendo Como me Tornei um Estúpido. Ali, não demoraria muito pra me tornar um.
Já que ia ao Estação Ipanema mesmo resolvi fugir pra lá, e foi onde encontrei a paz no mais absoluto silêncio. Pude ler tranquilamente por uns 80 minutos.
Depois, o filme. Estava lotado, e fui logo pra fila, que se formou cedo, sentei na escada e fiquei lendo, o que me fez desejar que o Festival chegasse logo (procurei o barbudinho por uns instantes mas não o achei).
Com a paz reestabelecida, entrei pro filme. Pessoas chatas isoladas na Travessa, pensei. Aqui não tem disso.
Mais uma vez, ledo engano! Oh criança de peito, oh menino ingênuo!
2 mulheres atrá de mim riram o filme inteiro, como se os fosse um filmaço de comédia (momento TRI total). Por perto, um velho fazia questão de mostrar o tempo inteiro que sabia de tudo apontando todos que apareciam no vídeo "esse é o keitel, esse o Bormann, esse não sei quem...". Diabos, eu querendo ver o filme em paz mas tinha que ouvir risos e comentários o tempo inteiro.
Ambos os eventos não chegaram a estragar o maravilhoso sábado - o filme foi ótimoma, o livro é interessante - mas mostrou que tenho cada vez menos paciência para as pessoas. E que a grande vencedora do dia, apelidada de Bela da Tarde, foi a paz, o silêncio.
2 Comments:
O aniversário dele passou, mas ainda é tempo de fazer uma vaquinha e pagar uma noite em um certo bordel de Ipanema...
uma achando q eu to de TPM, outro q eu preciso de namorada, o outro q eu preciso frequentar casas de meninas alegres. Vcs não entendem nada mesmo...tsc,tsc,tsc...
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