E o Festival implícito foi explícito
Era pra ser um Festival Implícito, um fingimento, algo na linha da véspera falsa que costumava fazer na época da faculdade e nunca dava certo (eu só estudava de véspera, e bota véspera nisso, então pra mudar tal situação institui a véspera falsa - fingia que era véspera mesmo e tinha que acordar no dia seguinte como que pronto pra prova, que na verdade só seria uma semana depois ou algo assim) porque uma hora eu enchia o saco e pensava "ah, tem mais uma semana ainda, que se dane!". Bem, um festival implícito era o reconhecimento da derrota de véspera (verdadeira), de que não conseguiria mesmo um festival explícito.
Diabos, tá confuso pacas isso. Coragem, jovem, coragem!
Acabou que dessa vez deu certo, e o festival implícito foi explícito, bem explícito. Começou bem com a chuva toda de domingo. Porgramei o primeiro filme pras 15:30hs mas fui pro Arteplex antes, bem antes, munido de livros. Cheguei, pedi um cappuccino e fiquei a ler o livro. "hmm, isso tem cara de festival". O local estava cheio, as pessoas circulando, sei lá. Mas o primeiro sinal mais forte de que algo especial se passava foi na fila de ingresos - o velhinho, personagem clássico do Festival, estava na minha frente. Quase chorei de emoção. Fui falar com ele "oi, lembra de mim, do Festival? Já nos falamos..." ele deve ter achado estranho a princípio mas respondeu que se lembrava quando citei nossa longa discussão do cinema japonês antes da sessão de Ninguém Pode Saber no Festival de 2004. Esse cara é uma lenda viva do Festival, um aposentado que já viu tudo, absolutamente tudo de cinema, e continua a frequentar os cinemas frenéticamente (será q chegarei assim aos 80? figas, figas....). Um cara divertido, bem crítico. E com ele conversei na longa fila, momentos antes de comprar o ingresso. Ele ia ver Star Wars meio a contragosto, mas era pq já tinha visto tudo q estava em cartaz e não queria bundar em casa - palmas pro velhinho.
Depois do velhinho, um filme portugues, bem interessante, Filme Falado, que foi visto nas escadas do cinema. Sim, nas escadas, e era o terceiro ponto positivo pró-festival - a falta de lugar, chegar atrasado nas sessões por estar saindo de outra. saí deste filme correndo pra comrpar ingressos, tinha apenas 5 minutos entre um e outro. Correria, ingresso, correria, e consegui chegar momentos antes de começar o segundo filme - o apenas regular A Janela da Frente. E o filme foi visto nas escadas também, no mesmo lugar do anterior. Lindo, lindo. Estava ficando bom. Saí deste segundo, dei uma longa olhada na livraria, e fui pro sebo do Espaço Unibanco, que estava coalhado de boas coisas - sim, bons livros no sebo do Espaço Unibanco também é coisa de festival (foi lá que comprei o V do Pynchon, Estrada para Los Angeles do Fante, entre outros). Acabei levando um Dubliners porque eu só tinha em portugues e um Ian McEwan que estava chegando na hora. E assim terminou o Festival Explícito de Maio - uma prévia do que virá, sim, sim. Ah, faltou o barbudinho, o fato de eu não ter os ingresos comprados também não ajudou, mas bateu um climão de festival. Preciso fazer isso mais vezes.
Diabos, tá confuso pacas isso. Coragem, jovem, coragem!
Acabou que dessa vez deu certo, e o festival implícito foi explícito, bem explícito. Começou bem com a chuva toda de domingo. Porgramei o primeiro filme pras 15:30hs mas fui pro Arteplex antes, bem antes, munido de livros. Cheguei, pedi um cappuccino e fiquei a ler o livro. "hmm, isso tem cara de festival". O local estava cheio, as pessoas circulando, sei lá. Mas o primeiro sinal mais forte de que algo especial se passava foi na fila de ingresos - o velhinho, personagem clássico do Festival, estava na minha frente. Quase chorei de emoção. Fui falar com ele "oi, lembra de mim, do Festival? Já nos falamos..." ele deve ter achado estranho a princípio mas respondeu que se lembrava quando citei nossa longa discussão do cinema japonês antes da sessão de Ninguém Pode Saber no Festival de 2004. Esse cara é uma lenda viva do Festival, um aposentado que já viu tudo, absolutamente tudo de cinema, e continua a frequentar os cinemas frenéticamente (será q chegarei assim aos 80? figas, figas....). Um cara divertido, bem crítico. E com ele conversei na longa fila, momentos antes de comprar o ingresso. Ele ia ver Star Wars meio a contragosto, mas era pq já tinha visto tudo q estava em cartaz e não queria bundar em casa - palmas pro velhinho.
Depois do velhinho, um filme portugues, bem interessante, Filme Falado, que foi visto nas escadas do cinema. Sim, nas escadas, e era o terceiro ponto positivo pró-festival - a falta de lugar, chegar atrasado nas sessões por estar saindo de outra. saí deste filme correndo pra comrpar ingressos, tinha apenas 5 minutos entre um e outro. Correria, ingresso, correria, e consegui chegar momentos antes de começar o segundo filme - o apenas regular A Janela da Frente. E o filme foi visto nas escadas também, no mesmo lugar do anterior. Lindo, lindo. Estava ficando bom. Saí deste segundo, dei uma longa olhada na livraria, e fui pro sebo do Espaço Unibanco, que estava coalhado de boas coisas - sim, bons livros no sebo do Espaço Unibanco também é coisa de festival (foi lá que comprei o V do Pynchon, Estrada para Los Angeles do Fante, entre outros). Acabei levando um Dubliners porque eu só tinha em portugues e um Ian McEwan que estava chegando na hora. E assim terminou o Festival Explícito de Maio - uma prévia do que virá, sim, sim. Ah, faltou o barbudinho, o fato de eu não ter os ingresos comprados também não ajudou, mas bateu um climão de festival. Preciso fazer isso mais vezes.
1 Comments:
É, to pensando em ver os filmes na escada memso q o cinema esteja vazio.
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