Uma História Lamentável ou Hereges!!!
História verídica, ocorrida com o Arthur, um amigo meu do trabalho. Depois de me ouvir falando maravilhas de Arco Íris da Gravidade, do mão-no-peito mor Thomas Pynchon, foi ele procurar o livro na Travessa. Reproduzo suas palavras:
Estava querendo me desvencilhar de Paul Auster, dado que estava lendo o 3 livro seguindo
dele. Resolvi folhear o livro que o Tija me sugeriu: "O Arco íris da gravidade". Falei com um dos, quase sempre, inteligentes vendedores da Travessa.
- Vc tem o livro do Pychon? O arco íris de alguma coisa????
- Sim sei qual é..... (iniciou sua pesquisa no computador) Tenho sim!
- Posso dar uma olhada?
- Pode, mas olha, eu já tentei começar esse livro, mas não consegui acabar. É muito difícil de ler. Além disso, é um tijolo. Eu conheço várias pessoas que tentaram e não conseguiram.
- Ahhh meu amigo tinha me falado disso.
Chegamos a estante. Lá estava o Livro. Ele tinha razão: era um tijolo.
- Você tem Vineland também?
- Deixa-me ver. (procurou no computador) Não tenho, e esse está esgotado, espere aí... O arco íris da gravidade também está esgotado. Mas nós temos essa cópia aí a um tempão que ninguém quer comprar. É muito difícil!
Lamentável, malditos, malditos, muitas vezes malditos! Todos hereges, é o que digo. Um cara desses deve estar adorando o último romance do Sydney Sheldon - "Profundo, pertubador, um belo retrato da natureza humana. E bem escrito, sim, muito bem escrito..." deve ser o comentário dele pros amigos.
hmpf
E hoje fui a um sebo e topei com uma edição novinha do bichinho. Não hesitei e comprei. Não se pode dar um mole desses com um Pynchon dando sopa num sebo. E o que importa se eu já tenho o livro?
Estava querendo me desvencilhar de Paul Auster, dado que estava lendo o 3 livro seguindo
dele. Resolvi folhear o livro que o Tija me sugeriu: "O Arco íris da gravidade". Falei com um dos, quase sempre, inteligentes vendedores da Travessa.
- Vc tem o livro do Pychon? O arco íris de alguma coisa????
- Sim sei qual é..... (iniciou sua pesquisa no computador) Tenho sim!
- Posso dar uma olhada?
- Pode, mas olha, eu já tentei começar esse livro, mas não consegui acabar. É muito difícil de ler. Além disso, é um tijolo. Eu conheço várias pessoas que tentaram e não conseguiram.
- Ahhh meu amigo tinha me falado disso.
Chegamos a estante. Lá estava o Livro. Ele tinha razão: era um tijolo.
- Você tem Vineland também?
- Deixa-me ver. (procurou no computador) Não tenho, e esse está esgotado, espere aí... O arco íris da gravidade também está esgotado. Mas nós temos essa cópia aí a um tempão que ninguém quer comprar. É muito difícil!
Lamentável, malditos, malditos, muitas vezes malditos! Todos hereges, é o que digo. Um cara desses deve estar adorando o último romance do Sydney Sheldon - "Profundo, pertubador, um belo retrato da natureza humana. E bem escrito, sim, muito bem escrito..." deve ser o comentário dele pros amigos.
hmpf
E hoje fui a um sebo e topei com uma edição novinha do bichinho. Não hesitei e comprei. Não se pode dar um mole desses com um Pynchon dando sopa num sebo. E o que importa se eu já tenho o livro?
7 Comments:
Raquel, por acaso essa edição do "Sonhos de Bunker Hill" é da Brasiliense, com tradução do Paulo Leminski e uma mulher seminua porém discreta na capa? Se for, eu compro por 15 reais + uma edição da L&PM, tradução nova.
E eu pago 20 reais, a edição nova e mais um livro de contos do Pedro Juan Gutiérrez.
Então... esse tipo de leilão é muito ineficiente para a raquel. Vcs estudaram micro 3... tsk tsk tsk.
Sugiro um leilão fechado de segundo lance. Onde, a venda só será efetivada se o segundo maior lance for maior ou igual ao preço minímo da raquel.
Dado isso, será mais eficiente. Vale ressaltar, que este não é um equilíbrio de pareto. Mas estou na defesa da Raquel.
Eu tenho direitos morais a esse livro. Foi o primeiro Fante que eu li, e emprestei àquele maldito co-autor ausente do meu blog, na esperança de espalhar o gosto pela boa literatura americana. Mas o maldito encheu a cara no churrasco em que lhe entreguei o livro, na casa de um amigo comum, e esqueceu o Fante, que sumiu de vista. A cadela do amigo comum deve tê-lo comido, ou um desalmado sem coração o roubou. Vocês não sabem (e aqui peço a vocês que imaginem as lágrimas rolando dos meus olhos) como é viver sabendo que você teve um Fante, na tradução de Paulo Leminski, e o perdeu. Deixem-me tê-lo de novo. As feras, senhores, as feras.
Caso "Lucas merece moralmente o Fante?"
O Tribunal Chama a promotoria
(braços girando no ar, dedos em riste)
Delendas cartago, como dizia Catão, o Grande!
100 reais e a coleção completa das obras do Ian MnEwan!
Raios. McEwan.
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