Antes de Londres, vire à esquerda
É normal que se ouça muito uma banda, continue gostando mas não se ouça mais tanto depois de um tempo, daquelas que se olha na estante de cds um tempo depois e "faz tempo que não ouço isso, vou colocar", aí você ouve e depois fica mais um tempo sem ouvir novamente. Mas algumas bandas não enjoam, estão sempre no tocador de cds - e elas entram na Teoria das Bandas Não-Perecíveis (TBNP), desenvolvida nos anos 20 por pesquisadores pavlovianos britânicos. A TBNP abrange todas aquelas bandas que você passa anos ouvindo sem parar, e ainda assim se sente bem chegando em casa e ouvindo novamente. Os pesquisadores indicavam pontos no cérebro responsáveis pelo estranho fenômeno que, segundo eles, funcionava como um "apagador" de memória, levando pessoas a, ao ouvir uma banda que já ouviu antes, ter a mesma sensação de uma primeira vez.
Algumas regras devem ser seguidas para que uma banda se torne não-perecível. Em primeiro lugar, é preciso que se ouça a banda há mais de 3 anos. Em segundo, é preciso ter mais de 10.000 horas de audição da mesma. E para decidir se a banda é não-perecível, é preciso que a média de horas mensais ouvida seja superior a 50% da média do primeiro ano e 75% dos últimos 12 meses. Isso tudo respeitado, resta o fator subjetivo - aquele "sim, ainda tenho prazer pra caramba ouvindo essa banda" e, voila, ela não é perecível.
Um Top 5 Bandas Não-Perecíveis seria
1. Radiohead
2. Gorky´s Zygotic Mynci
3. Smiths
4. Belle & Sebastian
5. Velvet Underground
Radiohead dispensa maiores cometários. Kid A e Ok Computer estã sempre no topo da minha parada. O Hail também mas esse é mais novo e ainda está sendo incorporado na teoria. Smiths é outro caso típico - aquela guitarrinha do Johnny Marr não enjoa nunca. Mas o caso mais interessante é do Gorky´s - aliás, uma banda que está cada vez mais. Não enjoô por nada de alguns álbum como o Spanish Dance Troupe e Barafundle, que além disso sofrem o bônus de me transportarem para o País de Gales. Uma banda que não entra no meu Top 5 bandas mas é não-perecível - estabilidade é o nome do jogo.
Algumas regras devem ser seguidas para que uma banda se torne não-perecível. Em primeiro lugar, é preciso que se ouça a banda há mais de 3 anos. Em segundo, é preciso ter mais de 10.000 horas de audição da mesma. E para decidir se a banda é não-perecível, é preciso que a média de horas mensais ouvida seja superior a 50% da média do primeiro ano e 75% dos últimos 12 meses. Isso tudo respeitado, resta o fator subjetivo - aquele "sim, ainda tenho prazer pra caramba ouvindo essa banda" e, voila, ela não é perecível.
Um Top 5 Bandas Não-Perecíveis seria
1. Radiohead
2. Gorky´s Zygotic Mynci
3. Smiths
4. Belle & Sebastian
5. Velvet Underground
Radiohead dispensa maiores cometários. Kid A e Ok Computer estã sempre no topo da minha parada. O Hail também mas esse é mais novo e ainda está sendo incorporado na teoria. Smiths é outro caso típico - aquela guitarrinha do Johnny Marr não enjoa nunca. Mas o caso mais interessante é do Gorky´s - aliás, uma banda que está cada vez mais. Não enjoô por nada de alguns álbum como o Spanish Dance Troupe e Barafundle, que além disso sofrem o bônus de me transportarem para o País de Gales. Uma banda que não entra no meu Top 5 bandas mas é não-perecível - estabilidade é o nome do jogo.
3 Comments:
Às vezes deixo de ouvir uma banda por um tempo não porque enjoei do som e sim porque já ouvi tanto que tenho a impressão (errada, claro) que já conheço tudo o que é possível conhecer da música. Pink Floyd é o melhor exemplo: quando estou com vontade de ouvir alguma coisa e olho minha estante de cds (nessas horas costumo achar que tenho poucos cds, ou poucos cds bons), sempre penso a mesma coisa quando chego ao P: "Pink Floyd não, já cansei de escutar esses discos". Mas não cansei, provavelmente nunca vou me cansar de Pink Floyd, e mesmo assim não boto seus cds pra tocar. Talvez colocar um cd no Pink Floyd tenha virado um clichê pessoal: fico achando que ouvir "Dark side of the moon" é um ato manjado, repetido centenas de vezes, e eu deveria mesmo é ouvir mais John Cale ou Broadcast ou Neil Young, que estão há décadas na minha estante e são muito bons mas mesmo assim não são meus amigos íntimos. Mas a verdade é que eu seria mais feliz se ouvisse Pink Floyd pela milésima vez, o que afinal é a grande defesa dos clichês: eles são velhos e manjados e todo mundo faz igual, mas continua funcionando.
Hmmm. Uma hipérbole.
E a hipérbole é do homem. Machado justifica isso em Esaú e Jacó. Décadas, sim, décadas!
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