Despedida de Las Vegas
Na semana de despedida do Centro resolvi tirar o almoço ontem para o Beringela. Acho que umas das coisas que mais sentirei falta é do complexo Beringela - Da Vinci - Café Gioconda. Na Da Vinci nem vou muito, é muito grande, opressiva, sei lá. Já o Beringela é um dos meus sebos favoritos. Os livros são baratos e não dá pra sair de lá sem pelo menos uns 3 livros por visita. Além disso, apesar do comportamento estranho de alguns vendedores, o casal que é dono do lugar é muito legal e adora conversar sobre livros.
E desta vez não foi diferente. Almocei no trabalho e me mandei para lá. Tinha uma hora inteira para fuçar o lugar, e estava a fim de comprar bastante coisa. De cara achei um livro estranhíssimo: Uma Agulha no Palheiro de J.D. Salinger. Como assim? Que raios de livro é esse? Fui olhar e descobri que é uma tradução bizarra de Catcher in The Rye velhíssima, de 1945. O livro tá inteirinho até e logo no começo tem uma advertência do tradutor para o título, explicando que essa frase é muito melhor que uma tradução literal. Tá bom. Não tem como não comprar. Fui para a estante dos latinos e me deparei com uma edição novinha, muito bonita, de The Buenos Aires Affair do Puig. É mais um argentino. Conversei um pouco sobre ele com a dona, ela me deu boas indicações e resolvi levar. Até porque com um título desses não pode ser ruim. Da estante dos europeus pobres levei A Exposição Das Rosas deIstván Örkény. Dos americanos normais um Updike.
Depois do tradiconal cappuccino do Gioconda, resolvi me despedir também das banquinhas de rua da Carioca. Fui numa que vendia livros a 1 real e acabei levando um Guia Brasil de 1986, um livro de ensaios políticos do Mitterand e um livro de poesia de um auto-denominado "Lord Byron do Sertão" que é terrível. Mas por 1 real...
Agora tenho que frequentar os sebos de Ipanema. Tem um horroroso que é todo limpinho e organizado que mais parece uma papelaria (Livros Livros e Livros), mas o Mar de Histórias é bom - um dos mais desorganizados que conheço, com pilhas de livros para todos os lados.
E desta vez não foi diferente. Almocei no trabalho e me mandei para lá. Tinha uma hora inteira para fuçar o lugar, e estava a fim de comprar bastante coisa. De cara achei um livro estranhíssimo: Uma Agulha no Palheiro de J.D. Salinger. Como assim? Que raios de livro é esse? Fui olhar e descobri que é uma tradução bizarra de Catcher in The Rye velhíssima, de 1945. O livro tá inteirinho até e logo no começo tem uma advertência do tradutor para o título, explicando que essa frase é muito melhor que uma tradução literal. Tá bom. Não tem como não comprar. Fui para a estante dos latinos e me deparei com uma edição novinha, muito bonita, de The Buenos Aires Affair do Puig. É mais um argentino. Conversei um pouco sobre ele com a dona, ela me deu boas indicações e resolvi levar. Até porque com um título desses não pode ser ruim. Da estante dos europeus pobres levei A Exposição Das Rosas deIstván Örkény. Dos americanos normais um Updike.
Depois do tradiconal cappuccino do Gioconda, resolvi me despedir também das banquinhas de rua da Carioca. Fui numa que vendia livros a 1 real e acabei levando um Guia Brasil de 1986, um livro de ensaios políticos do Mitterand e um livro de poesia de um auto-denominado "Lord Byron do Sertão" que é terrível. Mas por 1 real...
Agora tenho que frequentar os sebos de Ipanema. Tem um horroroso que é todo limpinho e organizado que mais parece uma papelaria (Livros Livros e Livros), mas o Mar de Histórias é bom - um dos mais desorganizados que conheço, com pilhas de livros para todos os lados.
4 Comments:
Um Cortazar novinho edição besta? Não se recusa isso, por mais que nunca se vá ler. Alguns livros de sebo são assim. Como quando topei com um Arco Íris da Gravidade por lá. Levei, mesmo já tendo um.
Despedidas não precisam ser tristes. Olha só, agora frequentarei o Mar de Histórias, que talvez seja melhor que o Beringela e cujo vendedor é um poço de cultura literária e adora papear. E logo acho um café bom por perto. É assim.
Seriam as barraquinhas de livros a R$ 1,00 mais um projeto fabuloso da Garotinha e do Garotinho que emula no campo cultural os projetos do Restaurante Popular e da Farmácia a R$ 1,00? Fica o questionamento...
Dado o alto nível dos livros eu não duvidaria nada...
Eu me lembro da primeira vez em que fui no Mar de Historias, na companhia do pintor falecido e falso leitor de metrô Daumier Smith, e derrubei duas pilhas de livros num espaço de quinze minutos. E depois o vendedor me passou uma cantada velha, aquela do "sao poucas as pessoas que apreciam a boa literatura americana". Nada como um bom sebo.
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