Thursday, March 24, 2005

Um novo post, antes que o filme estreie ou o INCRA desaproprie essa budega

Que o Tom Hanks tem um carreira de sucesso não há duvidas. O cara hoje é um dos atores mais conhecidos e admirados do mundo. A grande questão é: ele tomou o rumo certo na sua carreira?

Foi uma escolha pelo sucesso, o respeito, a grande massa. Mas talvez fosse melhor caso o rumo tivesse sido outro. O cara poderia ter virado um Johnny Depp, um ator muito respeitado mas com um nicho muito específico, transitando entre o alternativo e o grande, mas sempre com qualidade. Ou poderia ter ficado fazendo filmes menores pra sempre. Sempre há um se.

Digo isso pois acredito que a carreira do rapaz tomou um rumo ladeira abaixo a partir de Philadelphia.

Os anos 80 deveriam ser reconhecidos como "A Fase de Ouro de Tom Hanks" (AFDODTH), o período quando, todos devem concordar, ele protagonizou com um brilhantismo ímpar alguns dos melhores filmes da década. Bachelo Party, de 1984, foi a primeira obra-prima, um filme cheio de humor negro e bela atuação do Tom. The Man With One Red Show vem depois, em 1985. O grande momento foi em 1986, com The Money Pit, excepcional filme sobre a reforma de uma casa, que tem um maestro niilista espetacular, e o Tom preso num buraco enrolado num tapete por horas como o momento máximo da carreira dele. Ainda podemos destacar em 1988 Big, que cai na questão da falta de identidade dos anos 80, que abordarei em outro post, e por fim Joe Versus the Vulcano, em 1990.

Este último oficialmente termina AFDODTH (1984-1990), o que levou alguns historiadores do cinema inclusive a classificarem a década de 80 como a breve década de 80, com seus limtes sendo os limites da AFDODTH, embora haja controvérsias. E a partir de então começa uma série de filmes menores na carreira do Tom, evidenciando o caminho tomado por ele, o caminho do sucesso fácil, da obviedade, do feijão-com-arroz, o que é evidenciado pelos Oscar ganhos por ele - prêmio que nunca receberia pelo seus filmes dos anos 80 mas, dado que o Kubrick nunca recebeu um, o melhor mesmo é ficar sem.

Um talento desperdiçado, uma carreira que podia ter continuado mas não continuou. Resta a saudade dos bons tempos.

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