Monday, July 18, 2005

The six wives of Henry VIII

Um dos presentes mais legais que ganhei nos últimos tempos foi Noite do Oráculo, do Paul Auster. Não só pelo livro, mas pelo modo como foi dado. Noite de sexta na Travessa com o Lucas e a Clarice, conversávamos sobre preconceito com livros e filmes, ela reclamando de como eu odiava certas coisas por motivos ridículos. Eu não gostava do Paul Auster porque já tinha visto gente lendo livros do cara no metrô, e sempre me pareceu que esse é o tipo de gente que lê auto-ajuda, best-seller, as comédias todas do Veríssimo, essas coisas.

Após um sumiço de alguns minutos, volta a Clarice com o livro pra mim, um presente, com uma dedicatória "leia. é uma ordem." Certo, vou ler, foi um presente espontâneo, interessante. Matei o livro no sábado, na praia, e gostei muito, um 3,5 , negrito. É raro, mas tem gente lendo coisa boa no metrô. Pensei que alguém poderia pensar o mesmo de mim. Se trilhasse esse caminho esta semana, por exemplo, esta pessoa descartaria o John Banville do seu rol de leituras, um irlandês que é um dos melhores escritores de língua inglesa atualmente, por ter me visto com um livro dele no metrô, me colocando no rol de leitores de auto-ajuda e afins. É preciso expurgar os excessos, como diria um amigo.

1 Comments:

Blogger Werner Daumier-Smith said...

Eh legal mesmo. Curioso que as melhores passagens do livros estão naquelas notas. Excessão do roteiro bizarro que ele faz pra máquina do tempo...

8:45 PM  

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